terça-feira, 23 de agosto de 2011

Navegar na Internet durante o trabalho aumenta a produtividade? Confira!

A resposta é sim, segundo a Academy of Management (Academia de Administração) - organização que reúne interessados pela gestão de negócios. É dela a autoria de um estudo que defende a internet como opção para os momentos de descontração, fundamentais para que você, funcionário do mês, dê uma aliviada na tensão e estresse naturais de qualquer ambiente de trabalho.

Manda quem pode e obedece quem tem juízo?
Quem nunca deu uma olhadinha no Orkut para responder alguns recados ou entrou no Facebook para checar se alguém comentou as fotos da festa à fantasia, que atire a primeira pedra. Já passamos do tempo em que os patrões não entendiam a importância de um descanso periódico e bloqueavam sites ou desativavam completamente a navegação na internet, na tentativa de manter você focado no trabalho durante as oito horas em que permanece na empresa. Esse tipo de chefe ainda existe, mas está fora de moda e perde gradualmente seu espaço para políticas mais tolerantes.


No entanto, os autores, Don Chen e Vivien Lim, da Universidade de Singapura, alertam que liberar o acesso à internet, mantendo a prática de vigiar ou registrar tudo o que o funcionário faz, pode causar desconforto e desconfiança entre ele e o empregador. Se você é gestor, tome cuidado com o controle excessivo, pois é grande a probabilidade de ele ser um tiro pela culatra e causar o efeito contrário ao desejado, ou ainda situações piores do que proibir a navegação na rede.

O ideal é permitir o uso da internet para assuntos pessoais em doses homeopáticas, suficientes para que seu colaborador não sinta que a atitude é mais uma ferramenta de controle sobre ele do que um direito agradável de ser praticado. Os exemplos estão espalhados pelo mundo, com corporações disponibilizando terminais exclusivos ou mesmo liberando o acesso em todos os computadores, dentro de determinados horários. Vale lembrar que funcionário feliz é mais comprometido e produtivo.

A pesquisa feita pela Academy of Management foi conduzida com a divisão dos participantes em três grupos. Somente um deles podia usar a web enquanto executava a atividade proposta. Outro grupo recebeu uma tarefa adicional e o terceiro foi liberado para fazer o que quisesse enquanto trabalhava, exceto entrar na internet. Resultado: quem tinha internet produziu 16% a mais do que os que não tinham essa liberdade e 39% a mais do que os pesquisados que receberam um segundo trabalho.

Eu já sabia!

Gradualmente, companhias que percebem os benefícios da internet se rendem e permitem a navegação, mesmo que com alguns limites. Exemplo disso é a pesquisa feita pelo NIC.br, núcleo responsável pelo gerenciamento dos domínios “.br”, mostrando que, em 2008, 97% das empresas que possuíam computadores, disponibilizavam internet para os funcionários.

Porém, o assunto da liberação, seja ela total ou parcial, ainda é polêmico em diversos setores, mas muitos já defendem o uso irrestrito tanto para uso pessoal como para o desempenho das atividades normais. Marcelo Stelmacki, do Núcleo de Tecnologia da Informação da Polícia Federal, defende o livre acesso: “Trabalho em uma instituição policial e o bloqueio sempre traz transtornos na hora de fazer uma investigação”.

Não abuse!
Mas não se anime muito se você adora manter o e-mail aberto, respondendo mensagens do amigo que mora na Nova Zelândia ou encaminhando correntes, pois ele é um dos vilões mais perigosos para a produtividade – além de fazer ligações telefônicas e mandar SMS. Conforme a pesquisa da Academy of Management, e-mail pessoal não combina com vida profissional, pois tira do funcionário a concentração em seu trabalho, devido à curiosidade que o induz a interromper imediatamente o que está fazendo para ler correspondência sem relação com o escritório.

A notícia revelada pelo estudo é boa tanto para empregadores quanto para empregados, que só precisam chegar a um acordo e decidir o que mais se adapta ao cotidiano do escritório. Mas você, que diz suar a camisa no trabalho, deve tomar cuidado para não jogar fora o direito de dar uma "fuçadinha" no Facebook. Se a visita se tornar mais longa do que a execução do seu serviço, a probabilidade de perder o acesso (e o emprego) é grande.

O fato é que todos os funcionários precisam de pequenas pausas durante seu expediente para que sua produtividade se mantenha alta. Afinal, ninguém é robô o suficiente para permanecer sentado na cadeira por horas, sem parar pelo menos 10 minutos para um cafezinho ou esticar as pernas. Mas o bom senso é companheiro indispensável para evitar excessos.

Se você é colaborador de uma empresa que ainda mantém a internet bloqueada, com o argumento de que liberá-la causaria prejuízos, fique à vontade para mostrar este artigo ao seu gestor e dissuadi-lo dessa ideia ultrapassada. Usar a web no trabalho é saudável e mantém você “aceso”, mas faça-o com moderação.
Via Academy of Management


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